segunda-feira, 23 de novembro de 2009

Verniz invisibilizador

Meus caros coleguinhas,

Por sérias dificuldades técnicas, estive dois meses fora. Em outras oportunidades em que também estive afastado dessas amareladas linhas contra um fundo negro, as desculpas geralmente ocultaram uma boa pitada de preguiça. Desta vez, não se pode negar que ela, esta inseparável amiga, também esteve presente. Porém, é justo afirmar que os problemas técnicos foram os principais causadores de tão delongada ausência. Esperamos que tais dissabores não voltem a ocorrer.

Assim sendo, nos próximos dias prometo concluir a lista das dezoito mais influentes personalidades do século dezoito, assim como as demais relações inacabadas. A ideia é, ainda, inaugurar novas séries, bem como um novo blog em que os assuntos futebolísticos serão tratados exclusivamente, livrando, desta forma, os não-entusiastas do bretão esporte de tão furiosas imprecações e tão inúteis comentários gerados por tal prática desportiva.

Un gran salud,

El Lobo Rojo

domingo, 20 de setembro de 2009

The bombs bursting in air

Hoje, ao visitar a Doutora Cassia na sede da Fundação Simone, situada à rua Cesário Motta Jr. s/nº, fundos, fomos brindados com uma grata surpresa: a senhora Joaquina Malagastrangas comprou um belíssimo e suculento brioche.



Ao me deleitar com aquele saboroso produto fermentado, não pude deixar de me lembrar do número 14 de nossa singela listinha...

As dezooooooooooooooooooito mais influentes personalidades ocidentais do século...
...dezooooooooooooooooooito.




A lívida e ingênua Maria Antonieta (1755-1793) estava tão a par da realidade que a circundava quanto qualquer frequentadora perfumada e abobalhada do Shopping Iguatemi. A diferença é que a dona das mais perfeitas rosetas das casas reais europeias acabou pagando por sua ignorância perdendo sua bela cabecinha, motivo pelo qual virou tema de mais filmes do que Jesus Cristo, incluindo-se aí o daquela senhorita de nariz de proporções avantajadas, protagonizado pela beldade retratada acima.

E dando sequência à série Hinos batráquios, um desses que ninguém jamais imaginaria ver justo neste blog.



Pois é.

É que embora eu não considere o país batráquio, eu considero o hino batráquio. Como diria Vonnegut, "coisas da vida".

segunda-feira, 14 de setembro de 2009

True patriot love

Nem todo Hino Batráquio é de um país batráquio. O Canadá, por exemplo. Indubitavelmente não é um país batráquio. Mas o hino é bem batutinha.



Ô Canada foi escrito originalmente em francês, o que já entrega o caráter flagrantemente não-batráquio desse país. Mas enfim, vamos lá, with glowing hearts...



E dando continuidade à já mundialmente conhecida série...

As dezooooooooooooooooooito mais influentes personalidades ocidentais do século...
...dezooooooooooooooooooito.




William Blake (1757-1827) foi poeta, pintor, místico, teólogo, editor e cambista aos domingos em estádios de futebol. Veio de uma família extremamente pobre, mas - talvez por ser um leitor voraz das Escrituras desde pequeno - fez como manda aquele versículo que diz "levanta, sacode a poeira e dá a volta por cima" e acabou influenciando gerações intermináveis de escritores, músicos, futebolistas, serial killers e vendedores de enciclopédias. Isso sem mencionar humoristas britânicos obcecados por colchões.

terça-feira, 8 de setembro de 2009

Stringiam'ci a coorte

As dezooooooooooooooooooito mais influentes personalidades ocidentais do século...
...dezooooooooooooooooooito.


O número 16 de nossa pequena listinha personifica uma tendência generalizada na segunda metade do século...
...dezooooooooooooooooooito de rebeliões populares encabeçadas por figuras carismáticas e - sendo bastante bonzinho com a maioria deles - esdrúxulas. Temos no nosso Tiradentes e no russo Emelian Pugatchôv alguns dos melhores exemplos, mas indubitavelmente o peruano Tupac Amaru II (1742-1781) é o mais influente dessa patota.



E alguns ainda questionam a validade de leituras sistêmicas da história.

Bom, agora para rebater o ar comuna do post, que tal um pouquinho de nacionalismo barato?

Da renomada série Hinos Batráquios, o engraçadinho Inno di Mameli.

Sí!

terça-feira, 1 de setembro de 2009

Corre, Dabrowski!

Às quatro e quarenta e cinco da manhã do dia primeiro de setembro do ano de mil novecentos e trinta e nove, portanto há exatos setenta anos, a Alemanha nazista invadia a Polônia, ocasião em que este pequenino país demonstrou toda a sua falta de destreza em termos bélicos ao mobilizar tradicionais divisões de cavalaria contra inúmeras colunas de blindados de última geração. Mais patética do que essa tentativa de figurar entre as maiores cagadas da história militar só poderia ser a corrente interpretação do ato como "heroico" e do supracitado país como reiterada vítima da História, um dos maiores embustes de que tenho registro.

Assim sendo, não deixemos nunca de lado o já lendário grito de guerra em dias de jogos internacionais: CHUPA, POLÔNIA!

E para celebrar, da já renomada série Hinos Batráquios, o hino mais batráquio dentre os hinos batráquios. Com música do genial Aleksandr Aleksandrov, o Hino da União Soviética.



Aproveitando a ocasião, já que estamos falando de joint-ventures russo-germânicas, daremos continuidade à série...

As dezooooooooooooooooooito mais influentes personalidades ocidentais do século...
...dezooooooooooooooooooito.




As inúmeras contribuições do suíço Leonhard Euler (1707-1783) nem precisam ser mencionadas por um historiador sujo como eu. Vale porém ressaltar que o rapaz viveu não só na Alemanha, como também na Rússia, onde foi membro da Academia de Ciências de Pedrinho Primeiro (como era grande...). Está por sinal enterrado no monastério de Aleksandr Niêvski em Petersburgo, logo ali na curva do Nevá. Sujeito inoxidável.

sexta-feira, 28 de agosto de 2009

Such a perfect day

Finalmente um bom motivo para celebrar o fim do mundo em 2012.

Über alles in der Welt

Continuando a série hinos batráquios, uma ótima pedida para se cantar durante o bar mitzvah do filho daquele seu amigo judeu ortodoxo. É claro que você vai entoar as três estrofes num alemão castiço, não sem antes ter sorvido uns doze copos daquele ponche esquisito.

Das Lied der Deutschen, sing along!



Einigkeit und Recht und Freiheit
für das deutsche Vaterland!
Danach lasst uns alle streben
brüderlich mit Herz und Hand!
Einigkeit und Recht und Freiheit
sind des Glückes Unterpfand;
|:Blüh im Glanze dieses Glückes,
blühe, deutsches Vaterland!:|

Não se esqueça do Sig Heil ao fim da canção e de treinar bem os cem metros com barreiras no dia anterior ao da festinha. Você certamente irá precisar.

E agora inaugurando a série

As dezooooooooooooooooooito mais influentes personalidades ocidentais do século...
...dezooooooooooooooooooito.


Começando pelo número...
...dezooooooooooooooooooito, claro.



A unanimidade, como se diz, é tão dificíl de ser obtida que nem mesmo o lendário nazareno a conseguiu. Isso não é um problema para o reverendo Thomas Malthus (1766-1834), cujo famoso "Ensaio sobre o Princípio da População" conseguiu arrebatar o ódio tanto da direita como da esquerda. Daqui a alguns anos, porém, quando precisarmos pedir ajuda pro vizinho ao lado para coçarmos nossas costas, esse consenso bicentenário talvez seja revisto.

segunda-feira, 24 de agosto de 2009

O heroico português

Da série Hinos Batráquios, "a portuguesa" (que não é a de Desportos).



E não perca a estreia da série...

Coisas que acontecerão no ano de dois mil e...
...dezooooooooito


Como por exemplo: o Mickey Mouse entrará em domínio público!

quinta-feira, 20 de agosto de 2009

That is not dead which can eternal lie

A curiosidade pôde mais que o medo e não fechei os olhos.



H.P.Lovecraft
20-08-1890 : 15-03-1937

segunda-feira, 17 de agosto de 2009

Van Duitsen bloed

Algumas pessoas sabem que eu sou obcecado por hinos, especialmente nacionais. Pois é, se você não sabia, saiba: eu sou obcecado por hinos, especialmente nacionais.

Começo abaixo, portanto, a série...

Hinos batráquios

Começando pelo lendário Het Wilhelmus, a canção pátria da República das Províncias Unidas - vulgo Holanda - que, segundo alguns, é o hino nacional mais antigo do planeta (levando-se em conta a combinação hino+música).



Eu, por sinal, tenho uma proposta de mudança no nosso hino (não confundir com nó suíno). Sim, porque convenhamos que a melodia é excelente e a letra é impecável, mas é difícil responder assim na lata: quem ouviram? As margens plácidas, como creio eu? Ou ouviram sujeito indeterminado? Além disso, eu por exemplo, só ontem, devo ter usado umas cinco vezes, em contextos completamente diversos, os substantivos "lábaro", "flâmula", "clava" e "florão", os adjetivos "fúlgido", "impávido" e "garrido" e, como não poderia faltar, o verbo "fulgurar", demonstrando como a letra do ilustre Joaquim Osório Duque Estrada reflete fielmente a fala cotidiana do brasileiro. Quanto à melodia do não menos inoxidável Francisco Manuel da Silva, convenhamos que tem uma introdução batuta, mas desnecessariamente longa. Podiam dar o tom e partir logo pro famigerado ouviram tchá-lá-lá tchá-lá lá-lááá lá-lá (variante Felipe Melo do hino).



Depois, podiam cortar toda aquela parte entre "se o penhor" e "cruzeiro resplandece" e ir direto pro "gigante". Aí o final rococó permaneceria. Se você se lembrar, aliás, das exíguas vezes em que o hino brasileiro foi executado em Pequim nas Olimpíadas do ano passado (graças ao maravilhoso COB), perceberá que a versão lá usada é mais ou menos essa. Não seria, claro, uma mudança definitiva na canção: seria a criação de uma versão redux pra tocar justamente nessas situações.

Obs.: Os vocábulos aparentemente deslocados no post acima foram inspirados no homem, na lenda, no mito: o genial Carro Velho.